10 cuidados especiais para idosos com diabetes

O que é a diabetes?

Infelizmente, a diabetes é uma doença que não tem cura. Tem a ver com os níveis excessivos de açúcar no sangue e com a incapacidade do pâncreas produzir insulina para quebrar as moléculas de glicose. Uma pessoa com diabetes pode ter diversas complicações de saúde, tais como problemas oculares (glaucoma, catarata, retinopatia, etc.), problemas de circulação sanguínea (comprometendo a cicatrização e a irrigação das extremidades, como os pés, por exemplo), doenças renais, entre outros.

A quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia, e quando esta aumenta, diz-se que um paciente está com hiperglicemia. Desta forma, o pâncreas produz insulina para controlar níveis de açúcar existentes no sangue, mas a resistência à insulina ou a pouca produção deste hormônio faz com que a glicose se acumule no sangue sem fornecer a energia que o corpo precisa. E o problema fica ainda mais complexo quando a pessoa é idosa: a relação glicose insulina, em desiquilíbrio, resulta problemas sérios no corpo já sensível da pessoa idosa. Mas com os cuidados adequados podem oferecer ao idoso diabético a qualidade de vida e assegurar o controle da doença. A participação dos filhos que possuem pais em casa que necessitam de cuidados é essencial para que o idoso mantenha a sua saúde equilibrada.

Tipos De Diabetes

O primeiro passo é conhecer os diferentes tipos de diabetes. Há três tipos:

• Diabetes do tipo 1: É o tipo de diabetes mais comum entre crianças ou jovens, mas pode também ocorrer em adultos e até em idosos. Neste tipo, o pâncreas deixa de produzir insulina, pois há a destruição total das células produtoras de insulina. Desta forma, todas as pessoas que possuem o diabetes tipo 1 necessitam de tratamento com insulina por toda a sua vida, porque o pâncreas deixa de a poder produzir.

• Diabetes do tipo 2: Este é o tipo de diabetes mais comum – ocorre em 90% dos casos e, em geral, na fase adulta. A sua incidência em todo o mundo é muito alta, uma das consequências da obesidade, sedentarismo, estresse, tensão arterial elevada e problemas genéticos herdados. Neste caso, o pâncreas é capaz de produzir insulina, mas com a alimentação inadequada e os hábitos sedentários, o corpo se torna resistente à insulina. Assim, o pâncreas se sobrecarrega e insulina passa a ser insuficiente.

• Diabetes gestacional: Trata-se de um tipo que ocorre em gestantes, quando a glicose fica muito alta. É muito comum que as grávidas com este tipo de diabetes se tornem pessoas com diabetes do tipo 2 se não houver intervenção.

Principais sintomas

Vejamos agora os sintomas dos dois tipos mais comuns de diabetes, os tipos 1 e 2. Se o seu pai ou mãe idosos possuem a diabetes tipo 1, perceberá que estes sintomas são súbitos. Conheça alguns dos principais sintomas:

• Necessidade de urinar muito e muitas vezes principalmente durante à noite – é comum o idoso ou até mesmo o adulto urinar na cama;
• Sede excessiva e a todo momento;
• Perda súbita de peso;
• Fadiga crônica;
• Dores musculares e dificuldade de locomoção;
• Fome excessiva – a pessoa come bastante e compulsoriamente, mas não aproveita nem se satisfaz pelo que é consumido;
• Dores de cabeça;
• Náuseas e vômitos frequentes.

Já no caso da diabetes do tipo 2, os seguintes sintomas podem ser constatados:

• Necessidade de urinar a todo momento e em grande quantidade, em especial à noite;
• Sede muito frequente e intensa (polidipsia);
• Fome muito frequente e intensa (polifagia);
• Fadiga crônica;
• Fortes dores musculares;
• Coceira frequente e difícil de eliminar em diferentes partes do corpo, especialmente nas partes genitais;
• Visão turva;
• Outros sintomas não generalizados, que podem ser identificados em uma consulta médica.

Cuidando do idoso em casa com diabetes – 10 dicas especiais

Mesmo que não haja cura atualmente para a diabetes, é possível controlar a doença de perto e ter uma vida normal, mesmo na terceira idade. Veja agora alguns cuidados para cuidar de seu pai em casa caso ele tenha diabetes:

1) A idade do diabético pode apresentar diferentes sintomas e nem sempre segue o padrão.

2) É importante compreender que as pessoas idosas têm uma maior probabilidade de ter açúcar no sangue. Isso porque os rins e fígado não funcionam mais como os de um jovem, causando alterações de apetite. Outro detalhe é que idosos, em sua maioria, são sedentários ou não têm condições de fazer exercícios físicos. Se possível, incentive as pessoas da terceira idade de seu convívio a fazerem exercícios físicos, nem que sejam limitados.

3) O acompanhamento médico é fundamental no controle da doença. Cada tratamento é individual para cada paciente. As dosagens e o tipo de insulina deve ser verificado com o médico, bem como o tipo de teste de glicemia. Outros problemas de saúde devem ser verificados e tratados. Quando o idoso possui doenças psiquiátricas (como demência), pode exigir apoio especializado e ainda mais cuidado.

4) Fazer os testes de níveis de açúcar é importante e pode ser realizado da seguinte forma: a pessoa é diabética se tiver uma glicemia ocasional de 200 miligramas por decilitro ou superior e se tiver uma glicemia em jejum (oito horas) de 126 miligramas por decilitro ou superior em duas ocasiões, separadas num curto espaço de tempo. Nestes casos, é importante ficar atento e executar os procedimentos orientados pelo médico.

5) Muitos idosos não podem fazer exercícios físicos regularmente, pois restrições físicas. Outros podem realizar, quando não há limitações. Estas práticas podem reduzir bastantes os riscos de doenças. Mesmo os movimentos suaves (como os de tai chi chuan) ou movimentos adaptados ao contexto da pessoa – na cama ou na cadeira de rodas, por exemplo. São os exercícios os reguladores das funções do corpo, como a eliminação de gordura e a otimização da circulação.
6) Não deixar o diabético fumar – muitos idosos teimam em continuar fumando, mesmo quando diabéticos. Esta deve ser a primeira intervenção quando da descoberta da doença. O corpo responde imediatamente após

7) Cuide dos pés do idoso diabético e de seus cuidados básicos. Se preferir, busque auxílio de um podólogo. O corte das unhas deve ser feito com muito cuidado, assim como a sua limpeza e o tratamento em caso de machucados. Esteja atento às escoriações e pequenos machucados nos pés, pois podem ter riscos grandes de infecção. Nem sempre o idoso tem condições físicas para tratar dos seus próprios pés. É importante fazer a inspeção dos pés junto ao médico ou especialista a cada três meses.

8) Elimine o açúcar das refeições. A dieta do diabético deve ser feita por um nutricionista, que poderá determinar que tipos de alimentos e medicamentos podem ser consumidos e quais os períodos entre uma refeição e outra. No caso de medicamentos como xaropes, por exemplo, devem ser adquiridas versões sem açúcar. Muitas vezes serão indicados suplementos e vitaminas.

9) Mantenha as vacinas em dia, pois o idoso diabético é mais vulnerável às doenças contagiosas e infecções. Lembre-se que para garantir a saúde e o bem-estar, é importante garantir a vacina contra Pneumonia, Gripe, Diferia e Tétano. Fique de olho também em possíveis alergias e mantenha o quadro controlado.

10) As visitas ao oftalmologista devem ser feitas com frequência – a cada 6 meses ou sempre que achar necessário. A evolução da diabetes pode ser a perda da visão, parcial ou até total, se não for controlada a tempo. O médico poderá fazer um exame mais detalhado.

FONTE:(http://cuidardospaisemcasa.com/10-cuidados-especiais-para-idosos-com-diabetes/)

0 Comentário

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado.