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Carinho e cuidado. Como lidar com as necessidades dos nossos idosos

Quando a velhice chega para alguém da família, começa um período de adaptação para todos na casa. É preciso cuidar do horário dos remédios, da rotina de exames, consultas e, com o passar do tempo, os parentes tornam-se cuidadores.

A família é essencial para a qualidade de vida dos velhos, está no Estatuto do Idoso a sua função de proteger, alimentar e cuidar da dignidade, mas a rotina não é fácil. O médico Gabriel Smilkstein criou um método para avaliar a funcionalidade familiar, observando cinco aspectos: adaptação, com­panheirismo, desenvolvimento, afeti­vidade e capacidade resolutiva. Lidar com a última fase da vida de um parente é um exercício diário destas capacidades.

O envelhecimento é um processo natural que precisa ser compreendido, então o melhor a fazer é entrar em acordo com o tempo, o “tambor de todos os ritmos”, como compôs Caetano Veloso. Prepare-se para a velhice, a sua e a das pessoas que ama, saiba o que vai mudar e como podem vivê-la da melhor forma. Você não será o único, de acordo com o IBGE, no Ceará, a população com 65 anos ou mais vai passar de 9,13% da população em 2020 para 25,41% daqui a quarenta anos.

Rosy Denyse Pinheiro de Oliveira é mestra em Enfermagem na Promoção da Saúde e especialista em Saúde da Pessoa Idosa. Ela é instrutora do curso de Cuidador de Idoso do Senac e forma profissionais especializados no atendimento humanizado e ético para pacientes dessa faixa etária.

Em muitos casos, o acompanhamento profissional torna-se indispensável para que a rotina doméstica seja aliada no bem-estar na velhice. Atualmente, tramita no Senado Federal um projeto de lei que regulamenta a profissão de cuidador de idoso, e uma das exigências é ter a qualificação específica para este trabalho.

O curso do Senac ensina sobre alterações fisiológicas do envelhecimento, as principais patologias e medidas de higiene e conforto, conhecimentos técnicos e individualizados que o cuidador pode proporcionar ao paciente.

O profissional também ajuda a família a compreender as mudanças e saber como lidar com a rotina de cuidados. “A família, por mais carinho, amor e zelo que tenha, muitas vezes não consegue acompanhar, é preciso um profissional com competência técnica para que o idoso mantenha a qualidade de vida e não seja prejudicado”, explica a instrutora.

Existem implicações sociais, psicológicas, financeiras no cuidado com as enfermidades senis e Rosy aconselha: “É preciso que as pessoas entendam o processo de envelhecimento e a doença que acomete seus idosos, para que possam contribuir e não venham a adoecer junto com ele”.

O funcionamento do organismo muda significativamente nessa fase, e os cuidadores devem observar alguns aspectos importantes para manter a qualidade de vida. Confira algumas orientações.

Cinco mudanças fisiológicas comuns aos idosos

  1. Redução da acuidade visual
  2. Redução da acuidade auditiva
  3. Alterações na pele
  4. Diminuição do apetite
  5. Diminuição da absorção de vitaminas

Cinco cuidados na rotina diária de um idoso

  1. Manter uma alimentação equilibrada
  2. Beber muito líquido para evitar o risco de desidratação
  3. Manter casa adaptada às necessidades do idoso e evitar risco de queda
  4. Atenção ao uso correto de medicamentos
  5. Identificar sinais de possíveis patologias

FONTE: Radar do Comércio | G1 (https://g1.globo.com/ce/ceara/especial-publicitario/sistema-fecomercio/radar-do-comercio/noticia/2020/02/03/carinho-e-cuidado-como-lidar-com-as-necessidades-dos-nossos-idosos.ghtml)

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