Na faixa etária acima dos 60 anos, a imunização (vacina) contra a doença torna-se importante na preservação da saúde e qualidade de vida.
A pneumonia é uma doença respiratória grave, infectocontagiosa, caracterizada principalmente por febre, tosse com catarro, dor no peito, calafrios, falta de ar e fraqueza. Em casos de complicações, a patologia pode levar a internação e se não tratada adequadamente, levar à morte.
Mas, o que muitos desconhecem é que existe uma vacina contra pneumonia, a anti-pneumocócica. O médico geriatra e especialista em Tratamento de Dor, dr. Paulo Brambilla, explica que a medicina preventiva, auxiliada pela vacinação, é de extrema importância para a boa saúde dos idosos.
“A prevenção de doenças infectocontagiosas é importante em todos as faixas etárias. Em idosos, por apresentarem um organismo mais frágil e suscetível a complicações, essa prevenção é ainda mais importante e está diretamente relacionada a manutenção da funcionalidade e longevidade”.
Segundo o geriatra, as infecções pulmonares são as mais prevalentes das doenças infecciosas que podem ser prevenidas com vacina. “As doenças do sistema respiratório são responsáveis por muitas internações hospitalares e mortes na terceira idade. Vacinar-se contra pneumonia protege o organismo dessa grave patologia que coloca em risco a saúde dos idosos”, reitera Brambilla.
A vacina anti-pneumocócica é indicada para todos os idosos, com atenção especial aos mais debilitados, moradores de instituições asilares e até mesmo pessoas mais jovens que sejam portadoras de doenças crônicas.
“O efeito da imunização estimula que o organismo produza anticorpos contra os agentes causadores da pneumonia. Com isso, a pessoa que foi vacinada estará com a defesa do corpo fortalecida e pronta para combater esses micro-organismos antes que causem uma infecção mais grave”, detalha o médico.
Dr. Paulo Brambilla também chama a atenção para outros benefícios diretos que a vacinação preventiva traz para a população em geral. “Promover uma campanha de vacinação em grande escala é uma importante medida de saúde pública, pois evitaria internações hospitalares e reduziria custos com tratamentos medicamentosos e com a consequente debilidade física. Portanto, vacinar a população é um investimento não só na saúde, mas também na economia”.
Muitas pessoas, por desconhecerem os efeitos de qualquer vacina ou, por acreditarem em mitos de que elas não previnem, acabam não se imunizando. Dr. Paulo Brambilla explica que, para uma vacina chegar ao mercado e ser disponibilizada à população, ela passa por rigorosos controles de qualidade e segurança em muitos anos de pesquisa. “Sempre recomendo que as pessoas conversem com seu médico de confiança sobre suas dúvidas e receios com relação às vacinas. No final, quem decide se irá vacinar-se ou não é o próprio indivíduo, mas que essa escolha seja baseada em informações seguras de profissionais capacitados”, comenta.
Para o especialista, o conhecimento sobre a saúde, doenças e seus tratamentos avançam rapidamente. “Atualmente, conhecemos a cura de muitas doenças que até há pouco tempo, eram letais. Mesmo com todo esse avanço científico e alta tecnologia em tratamentos inovadores, evitar o adoecimento com a prática da medicina preventiva, que inclui a vacinação, é essencial para ter uma vida saudável e livre de doenças”, finaliza.
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