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Como deve ser a qualidade de vida dos idosos?

Um em cada seis pessoas com mais de 60 anos de idade sofre com algum tipo de violência, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)

Até o ano de 2050, o número de idosos — pessoas com 60 anos ou mais — chegará a 2 bilhões. Isso significa que eles representarão um quinto da população mundial. Mas, como será a qualidade de vida dessas pessoas? Desde agora, elas já sofrem com a displicência, não apenas de instituições públicas e privadas, mas também, de relacionamento interpessoal e familiar.

Além de, muitas vezes, idosos sofrerem com preconceito, solidão e abandono, eles ainda sofrem com algum tipo de violência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são pelo menos 1 em cada 6. Entre os tipos de violência estão o psicológico, o financeiro, a negligência e até abusos físicos ou sexuais.

Diante disso, e também da falta de adequação dos sistemas de atendimento às maiores necessidades dos idosos, grupos se organizam para apoiá-los. Como o Calebe, que realiza um trabalho voltado a motivar pessoas da terceira idade. Assim sendo, eles passam a interagir por meio de novas amizades e a participar de atividades de lazer, educação, bem-estar e de ações sociais.

Atividades que motivam e desafiam
Na Albânia, país do sudeste europeu, o trabalho vem sendo realizado quinzenalmente. Os idosos que participam das atividades do Calebe no país já se mostram extremamente gratos e felizes com o trabalho. Nas atividades em grupo, eles são valorizados, motivados e desafiados a criar.Recentemente, os coordenadores do grupo João Paulo Carleti e Sueli Carleti ofereceram uma aula de customização de camisetas. O desafio foi despertar a criatividade dos idosos. Eles puderam decorar com o material disponibilizado e conforme o gosto pessoal de cada um.

Alguns deles, por exemplo, sofrem com a doença de Alzheimer, que afeta a memória e outras funções mentais importantes. Dessa maneira, atividades assim ajudam os idosos a se sentirem mais úteis, ativos e engajados.

“Esse trabalho é fundamental para manter os idosos ativos. Muitos sofrem com depressão, principalmente após se aposentarem. Outros, sentem-se sozinhos e rejeitados. E alguns têm Alzheimer. Então, o grupo cumpre um papel importante dando apoio para eles”, disse João Paulo.

“Jovens de idade”

Na Nova Zelândia, o Calebe está presente desde 2014. No país, a expectativa de vida é de 85 anos. E, os idosos, mesmo após a aposentadoria, por volta dos 65 anos, continuam a realizar inúmeras atividades como dirigir carros, ônibus, caminhões e até gerenciar negócios. São muito bem-dispostos e conhecidos como “young-old” (“jovens de idade”, em tradução livre ao português).

O trabalho é realizado semanalmente. Aos domingos, há uma reunião especial seguida de almoço. Voluntários do grupo ajudam organizando apresentações culturais, aulas de ginástica, ações de monitoramento da saúde, passeios e outras ações como visitas às casas de repouso. Dessa maneira, eles são encorajados a serem mais atuantes. Muitos talentos são despertados no grupo.

Recentemente, membros do grupo fizeram uma apresentação de dança em referência à cultura do país. Cerca de 40 pessoas apresentaram-se e mais de 100 convidados participaram do evento. Além disso, houve um almoço típico comemorativo.

“O Calebe para mim é muito mais do que apenas uma reunião de pessoas idosas. É um lugar seguro, divertido, carinhoso e cheio de energia. É onde compartilhamos sobre nossas experiências, habilidades e cultura. Nós fazemos atividades lúdicas como artes, artesanato e dança. Tudo isso me ajudou a ser mais compreensiva com os idosos”, declarou a coordenadora de atividades do grupo Calebe na Nova Zelândia, Catherine Fisher, de 42 anos.

Fonte: (https://noticias.r7.com/saude/como-deve-ser-a-qualidade-de-vida-dos-idosos-23012019)

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